O voo mais longo da história: Como um Cessna 172 ficou 64 dias no ar

Tempo de leitura 3 min

Em 1958, dois pilotos corajosos e um pequeno Cessna 172 fizeram história. Eles decidiram desafiar os limites da aviação e, com isso, estabeleceram um recorde que até hoje ninguém conseguiu superar: um voo ininterrupto de 64 dias, 22 horas e 19 minutos. Sim, você leu certo: mais de dois meses no ar, sem tocar o solo. Mas como isso foi possível? A resposta envolve muita criatividade, planejamento cuidadoso e uma dose generosa de resistência humana.

O que motivou essa voo?

Tudo começou como uma estratégia de marketing para promover um cassino em Las Vegas e, ao mesmo tempo, arrecadar fundos para pesquisas médicas. Robert Timm, um ex-piloto da Segunda Guerra Mundial, e John Cook, um mecânico e piloto experiente, foram os responsáveis por essa missão quase impossível, wles pegaram um Cessna 172, um avião comum usado para voos curtos, e o transformaram em uma máquina de resistência extrema.

A ideia parecia absurda à primeira vista, mas a dupla acreditava que um recorde como esse poderia chamar a atenção do mundo inteiro. E eles estavam certos. A preparação levou meses, e cada detalhe foi testado e retestado para garantir que o avião aguentasse o tranco — e que os pilotos também.

Como eles conseguiram ficar no ar por tanto tempo?

Para manter o avião voando por mais de dois meses, algumas modificações foram essenciais. Aqui estão as principais:

  • Reabastecimento em pleno voo: Um caminhão equipado com uma bomba de combustível se aproximava do avião enquanto ele voava baixo, transferindo combustível por uma mangueira. Sim, era tão arriscado quanto parece!
  • Tanque extra de combustível: O Cessna ganhou um tanque adicional para aumentar sua autonomia entre os reabastecimentos.
  • Comida e água entregues pelo ar: O mesmo caminhão que reabastecia o avião também enviava alimentos, água e outros suprimentos usando um balde e uma corda. Imagina a cena!
  • Cabine adaptada: O banco do copiloto foi removido para dar espaço a um colchão improvisado, permitindo que um dos pilotos descansasse enquanto o outro assumia os controles.
  • Gerador de energia: Para manter os rádios e outros equipamentos funcionando, um pequeno gerador foi instalado no avião.

A vida no ar

O avião sendo reabastecido durante o voo

Manter um avião no ar por 64 dias foi uma tarefa hercúlea, mas o maior desafio foi suportar as condições de vida a bordo. Os pilotos precisavam se revezar entre pilotagem e descanso, comer de forma improvisada e lidar com a manutenção do avião em pleno voo. E a higiene? Bem, não havia banheiro a bordo. Eles usavam panos e improvisavam para se manter minimamente limpos.

O cansaço era extremo. Em alguns momentos, a exaustão era tanta que eles perdiam a noção do tempo. A falta de sono e a alimentação irregular tornavam a pilotagem um verdadeiro teste de resistência mental e física. E, para piorar, o avião também dava trabalho: durante o voo, eles precisaram limpar as velas de ignição e até consertar falhas no motor — tudo isso sem pousar!

O pouso e a glória

Depois de 64 dias no ar, a dupla finalmente decidiu que era hora de pousar. O Cessna 172, visivelmente desgastado, tocou o solo no McCarran Field, em Las Vegas. Os pilotos mal conseguiam andar ao sair da aeronave, tamanha a exaustão acumulada. Mas eles tinham feito história.

Até hoje, esse voo continua sendo o mais longo da história sem reabastecimento em solo. Muitos já tentaram quebrar esse recorde, mas ninguém conseguiu superar os desafios físicos, mentais e logísticos que Timm e Cook enfrentaram.

E aí, você teria coragem de passar mais de dois meses voando sem parar? 😊

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