Mulheres na Aviação
Neste 8 de março é celebrado o dia internacional da mulher e sabemos que dentro da aviação as mulheres ainda possuem um espaço muito limitado. Apesar de um recente crescimento no total de mulheres na aviação, o número relativo inda é muito pequeno. Hoje estimasse que pouco mais de 3% do total de pilotos sejam mulheres, entre pilotos privados, pilotos comerciais e pilotos de linhas aéreas.
Neste post vamos relembrar algumas mulheres na aviação que são memoráveis e tem histórias importantes, lembrando que o lugar das mulheres é aonde elas quiserem, e isso inclui ser piloto, comandante, comissária, mecânica ou qualquer outra profissão!
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Amelia Earhart
Talvez a mais famosa de todas as aviadoras, Amelia Mary Earhart foi pioneira na aviação nos Estados Unidos e teve uma participação muito importante nos direitos das mulheres e em sua participação na aviação. Primeira mulher a voar sozinha o Oceano Atlântico, a voar de costa a costa dos EUA, recordes de distâncias, alturas, velocidades e muitas outras conquistas fazem parte de uma das mais notórias figuras femininas da histórias da aviação.
Ela também foi uma importante escritora e motivou diversas mulheres que desejam pilotar. Escreveu 2 livros sobre suas experiencias em voo e pulicou noticias sobre seu plano de voar ao redor do mundo.
Amelia desapareceu em 2 de julho de 1937 no Oceano Pacífico Ocidental e ainda hoje não se sabe ao certo o que ocorreu, sendo que duas hipóteses principais prevalecem. A primeira seria a falta de combustível da aeronave Electra que pilotava, caindo no mar e consequentemente morrendo afogada. Já a segunda hipótese seria que ela teria aterrizado na ilha Gardner, onde por volta de 1940 foi encontra um esqueleto que mais tarde foram indicados como pertencente a uma mulher branca, alta e de descendência norte-européia.
Ainda hoje a figura de Amélia Earhart é presenta na cultura popular, tendo aparecido em filmes, séries e sendo homenageada em diversas músicas, livros e obras de arte.
Bessie Coleman
Se para Amelia Earhart o machismo já foi um ponto difícil para se tornar piloto, imagine para Bessie Coleman, a primeira mulher afroamericana a se tornar piloto nos Estados Unidos, em tempos de grande segregação racial, pobre, filha de um nativo americano com uma descendente de africanos que nunca aprendeu a ler ou escrever.
Definitivamente Bessie foi uma guerreia e uma figura notável dentro da aviação, morando em Chigaco ela era rejeitada em todas as escolas de aviação por ser mulher e por ser negra. Para ter chances de realizar seu sonho e poder estudar, se mudou para a França em 1920 para obter sua licença, iniciou seus voosem um Nieuport 82 e em 1921 se tornou a primeira mulher com ascendência africana a obter uma licença internacional.
Retornou então para Nova York e passou a trabalhar em shows aéreos, sendo um grande sucesso, sendo conhecida como Rainha Bess. Seu sonho era abrir uma escola de aviação para jovens negros e, mesmo tendo falecido sem realiza-lo, se tornou uma referencia e inspiração para gerações de negros e mulheres.
Elisa Léontine Deroche
Toda grande história sempre tem um grande começo, e a das mulheres na aviação não foi diferente. Elisa Deroche, também conhecida como Raymonde de Laroche foi a primeira mulher no mundo a obter uma licença de piloto e a primeira a realizar um voo solo em 1910. Seus primeiros voos foram com o avião de Charles Voisin, que na época só admitia um tripulante, desta forma ela fazia suas aulas sozinha dentro do avião, enquanto Charles dava instruções por terra.
Seu primeiro voo foi de 270m sendo o primeiro realizado em uma maquina mais pesada do que o ar por uma mulher, já em 2019 estabeleceu recorde de altitude em voos para uma mulher, 4.800m, e de distância com 323km.
De Laroche faleceu em 2019 no Norte da França, atuando como copiloto de um avião experimental, que, em sua aproximação de pouso, entrou em mergulho e caiu, matando ambos os tripulantes.
Thereza Di Marzo
No Brasil, nossa pioneira na aviação foi Thereza di Marzo, a primeira mulher no país a obter uma licença de piloto. Thereza foi treinada pelo piloto da Primeira Guerra Mundial Fritz Roesler e, em 1922 após um voo de teste ela recebeu a licença número 76 do Aeroclube do Brasil, sendo a primeira brasileira a obter uma licença de voo internacional.
Em 1923 com Fritz Roesler abriu a escola de voo Ypiranga, fechada após um ano após a revolta de 1924.
Anésia Pinheiro Machado
Se Thereza di Marzo foi a primeira mulher piloto do Brasil, Anésia Pinheiro Machado se tornou a segunda um ano depois, em 1922. Anésia se tornou a primeira do país a fazer um voo com passageiros, além disso foi a primeira no Brasil a fazer voos internacionais,
Em 1943 recebeu a licença de piloto comercial americana, sendo ainda habilitada como instrutora e para voos IFR.
Valentina Tereshkova
Em 16 de junho de 1963, Valentina se tornou a primeira cosmonauta e primeira mulher a ter ido ao espaço, sendo transformada em heroína nacional após o sucesso de sua missão, condecorada por líderes e sendo motivo de orgulho e inspiração para mulheres em todo o mundo.
Até hoje ainda permanece sendo a primeira mulher a ter feito um voo solo ao espaço.
Carla Borges
Representando as conquistas mais recentes das mulheres na aviação, Carla Borges se tornou a primeira mulher a pilotar um caça, fazendo parte das primeiras turmas da AFA de 2006 e sendo a primeira mulher a pilotar um caça em 2011, em seguida cumpriu 100 horas de treino com a AMX A-1, sendo declarada apta a pilotar a aeronave.
Clara se tornou ainda a primeira mulher a voar o avião presidencial, em 2016, durante a gestão de Michel Temer, para que fosse habilitada a pilota-lo, passou por 210 horas de treinamento.
Conheça também a história de Ada Rogato no grande livro de Lucita Briza!
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16/04/2019 às 21:59
Maravilhoso ler sobre cada uma dessas mulheres. São realmente inspiradoras!